24 de fevereiro de 2012

Conto de um Eremita


Conta-se que um eremita, umas dessas pessoas que, por amor a Deus se refugiava na solidão das grutas para se dedicar somente a oração e a penitencia.
Muitas vezes reclamava que tinha muito que fazer.

Uma vez um homem indagado perguntou como era possível que, em sua solidão, tivesse tanto trabalho.

Prontamente respondeu.

Tenho que domar 2 Falcões, treinar 2 Águias, manter quietos 2 Coelhos, carregar 1 burro, vigiar 1 Serpente e domar 1 Leão.

O homem olhando a sua volta:


Não vemos nenhum desses animais perto do local onde vives. Onde estão estes animais?

O eremita então explicou:

 Estes animais todos nós temos, vocês também. Vejam só:

Os dois Falcões se lançam sobre tudo que aparece, seja bom ou mau. Tenho que domá-los para que só se fixem sobre uma boa presa. São meus Olhos.

As duas Águias ferem e destroçam com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis e ajudem sem ferir. São minhas Mãos.

Os dois Coelhos querem ir aonde lhes agrada, fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensina-los a ficarem quietos, mesmo que seja penoso, problemático ou desagradável. São meus Pés.

O Burro é muito obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado e se recusa a transportar a carga de cada dia. É o meu Corpo.

O mais difícil é vigiar a Serpente, apesar dela estar presa, numa jaula de 32 barras. Está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeia. Se não vigio de perto causa danos. É a minha língua.

Finalmente preciso domar o Leão. Quer ser o rei, vaidoso e orgulhoso, o mais importante. É o meu Coração.

Preparem para a festa maior que é a Páscoa, a Ressurreição da Vida em Nós!

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