A lenda nos
diz que Iemanjá é tida como a mãe de todos os orixás, está relativamente correta,
já que se algo existe é porque foi gerado.
Iemanjá é em
si mesma essa qualidade geradora e criativa do Divino Criador, então está na
origem de todas as divindades.
Iemanjá rege
sobre a geração e simboliza a maternidade, é o grande útero da vida na Terra
(Aye).
Iemanjá é o
sentido básico na formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai
pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais
sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a
preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo.
Está
presente nos mares e oceanos. Santuário natural,
um altar aberto a todos. Por isso, chamada também de Deusa dos Mistérios
Profundos, para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido.
Será ela que
proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o
alimento vindo de seu reino. É a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a
marola, É Ela quem controla as marés, é Ela quem protege a vida no mar.
Está
presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê,
exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da
gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao
seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma que dá o sentido da vida e
nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e
inteligentes.
Nos trabalhos desenvolvidos nos terreiros é comum a evocação de Iemanjá
e suas enviadas, tais como os elementais conhecidos como sereias e ondinas ou
então a linha dos marinheiros, no sentido de “limpar vibratoriamente” os locais
de culto ou descarregar pessoas necessitadas de reajustamento vibratório.
Especialmente no fim do ano, é costume ver os devotos ofertando flores e
presente a Iemanjá nas praias. As pessoas se vestem de branco para homenageá-la
com o intuito de obter a paz no ano que se inicia. Os devotos entregam a Rainha
do mar flores brancas, perfumes, espelhos, pentes e adornos prateados e tudo o
que possa proporcionar proteção e um ano de prosperidade. Esses presentes são
lançados ao mar ou colocados dentro de um barco pequeno. Grandes procissões de
barcos pesqueiros também são feitos nesse dia.
Segundo o antropólogo baiano Júlio Braga, as pessoas oferecem a Iemanjá
diferentes mimos - sabonetes, velas, flores e perfumes -, pois acreditam que a
"Rainha" leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas,
confidências, e traz de volta sobre as ondas a esperança de um futuro melhor.
"Entre nós, Ela se tornou a Rainha
do mar", explica o
antropólogo. “Os cabelos negros, os traços delicados e os seios fartos
sintetizam na bela divindade o arquétipo da maternidade. Pois é esse seu grande
valor: acolher a todos que lhe pedem ajuda, sem julgar nem minimizar a dor de
ninguém. Isso lhe vale mais um título, o de Deusa
da compaixão, do perdão e do amor
incondicional.”
Compreenda que o mar, devido a sua natureza vibratória, devolve tudo que
nele é atirado ou vibrado. O mar, no entanto, não afirma trabalhos duradouros,
mas os resultados são rápidos e seguros. A Iemanjá podemos pedir ajuda para
solução de problemas que necessitem de urgente retorno, como exemplo; a cura
para as doenças. Os espíritos trabalhadores na linha de Iemanjá vão ouvi-lo e
atendê-lo em seu pedido. Faça sua obrigação e colha os resultados.
Iemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se adaptarem as
condições e meios mais adversos. Ela é a água que vivifica os sentimentos e
umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida).
A energia salina das Sete Águas Divinas de Mãe Iemanjá cura enfermidades
do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras
para o nosso organismo. O mar como ponto de força e seus guardiões não querem
ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu intimo.
Essas pessoas vêem o mar como aquilo que tem de pior. Por isso, o mar é tão
inexplorável em seus mistérios maiores revelando apenas parcialmente. É uma
forma de defesa de seus princípios sagrados.
Os filhos de Iemanjá possuem beleza acentuada. Reflete limpeza e parecem
sempre estar de roupa que acabou de ser passada. São caseiros e gostam de
conforto. É agradável estar em sua companhia, conseguem o que quer sem
estardalhaço, não usa força ou violência para intimidar os outros. A fé, a
generosidade e a simpatia são armas que usam para alcançar seus propósitos. Gostam
de objetos caros de pouca utilidade. É bom ouvinte e costuma dar conselhos
equilibrados.
O ciúmes que o filho de Iemanjá tem de suas coisas é grande, mas não se
manifesta agressivamente. Para cativar um filho de Iemanjá o primeiro passo é
elogiá-lo, pois são inseguros de suas qualidades. Sua intuição acentuada aliada
a dons mediúnicos pode ser fonte de desenvolvimento espiritual que conduzirá a iluminação.
Muitas vezes sem perceber o que dizem, conseguem prever fatos.
Um dos seus defeitos é ter a teoria de “Fraternalismo”. Defendem um
mundo onde todos dão as mãos e trabalham por um objetivo comum, ele próprio não
pratica, pois são um tanto egoístas e preocupados demais em relacão a seus
problemas pessoas. O desanimo e a rabugice deve ser combatida com suas qualidades
mais vibrantes com amizade, a paz, a imparcialidade, a sociabilidade e
diplomacia.
CONTEMPLEM O MAR E COMEÇARÃO A
DESCOBRIR O ENCANTO E MAGIA DOS MISTÉRIOS DA NATUREZA.
ODOIÁ MINHA MÃE IEMANJÁ!
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