2 de janeiro de 2013

O Que Trazem Para Essa Nova Era?



Vamos imaginar suas vidas até agora como uma grande mochila. Cheia de bolsos para separar e encontrar tudo mais fácil e quando mais precise.
 
Sinta o peso das alças em seus ombros.
 
Agora coloque tudo que mais goste dentro dela. Aquilo mais importante de grande ou pouco valor. Coube
 
Não pode ter tudo que precisa sem alguém pra dividir. Então, coloque conhecidos, amigos de pouco tempo, amigos desde a infância, os primos, tios, avós, pais, filhos, sobrinhos. Todos que fazem e fizeram parte de sua vida.
 
Agora está completo!
 
Sente-se pesado, mas suporta o peso com orgulho, não é?
 
Tente andar agora. Difícil não é?
 
Faça assim, desfaça essa mochila cheia de objetos e pessoas. Deixe-a vazia novamente.
 
Deve estar perguntando, pra que essa mochila?
 
Estamos em fase de mudança, novo planeta, novas energias, porque não novos sentimentos e novos pensamentos.
 
Com certeza, precisarão reformar seus corações e espíritos para essa Nova Era.
 
Está previsto e será um ciclo de grandes conquistas, muitos ganhos e oportunidades, juntamente com muito esforço e trabalho.
 
Em troca queremos de todos vocês coisas nobres, não ouro ou grandes valores. Gestos honráveis. Perdão com certeza será a palavra. Sentimento Amor.
 
Não estarão nessa jornada sozinhos.
 
Por mais que pensou em desistir e achou que o Mestre os abandonou.
 
Não! Ele está vendo tudo.
 
Nós estamos atentos e felizes pelos passos que deu e sabemos que progredirá ainda mais nesse novo tempo.
 
Para aprender não precisam sofrer, basta escutar e assimilar o ensinamento que irá ser passado.
 
Se expresse. A forma mais eficiente para o sucesso e a comunicação.
 
Use de suas palavras um refugo desse mundo. Suas palavras tem força e poder faça disso uma arma em seu favor. Traga o Cristo que sempre viveu dentro de seu coração.
 
Carregue somente coisas boas para essa nova fase. Amor, Carinho, Compreensão, Perdão, Felicidade, Fé e Sabedoria em todos os sentidos.
 
Estaremos sempre ao seu lado, tentando mostrar o que de melhor o Mestre possa te oferecer.
 
Com todo meu amor, carinho e respeito.
 
 
Pai Francisco.

19 de dezembro de 2012

Iemanjá - Rainha das Águas Profundas




A lenda nos diz que Iemanjá é tida como a mãe de todos os orixás, está relativamente correta, já que se algo existe é porque foi gerado.
Iemanjá é em si mesma essa qualidade geradora e criativa do Divino Criador, então está na origem de todas as divindades.
Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, é o grande útero da vida na Terra (Aye).
Iemanjá é o sentido básico na formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo.
Está presente nos mares e oceanos. Santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, chamada também de Deusa dos Mistérios Profundos, para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido.
Será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. É a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É Ela quem controla as marés, é Ela quem protege a vida no mar.
Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Nos trabalhos desenvolvidos nos terreiros é comum a evocação de Iemanjá e suas enviadas, tais como os elementais conhecidos como sereias e ondinas ou então a linha dos marinheiros, no sentido de “limpar vibratoriamente” os locais de culto ou descarregar pessoas necessitadas de reajustamento vibratório.
Especialmente no fim do ano, é costume ver os devotos ofertando flores e presente a Iemanjá nas praias. As pessoas se vestem de branco para homenageá-la com o intuito de obter a paz no ano que se inicia. Os devotos entregam a Rainha do mar flores brancas, perfumes, espelhos, pentes e adornos prateados e tudo o que possa proporcionar proteção e um ano de prosperidade. Esses presentes são lançados ao mar ou colocados dentro de um barco pequeno. Grandes procissões de barcos pesqueiros também são feitos nesse dia.
Segundo o antropólogo baiano Júlio Braga, as pessoas oferecem a Iemanjá diferentes mimos - sabonetes, velas, flores e perfumes -, pois acreditam que a "Rainha" leva consigo para o fundo do mar todos os nossos problemas, confidências, e traz de volta sobre as ondas a esperança de um futuro melhor. "Entre nós, Ela se tornou a Rainha do mar", explica o antropólogo. “Os cabelos negros, os traços delicados e os seios fartos sintetizam na bela divindade o arquétipo da maternidade. Pois é esse seu grande valor: acolher a todos que lhe pedem ajuda, sem julgar nem minimizar a dor de ninguém. Isso lhe vale mais um título, o de Deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.”
Compreenda que o mar, devido a sua natureza vibratória, devolve tudo que nele é atirado ou vibrado. O mar, no entanto, não afirma trabalhos duradouros, mas os resultados são rápidos e seguros. A Iemanjá podemos pedir ajuda para solução de problemas que necessitem de urgente retorno, como exemplo; a cura para as doenças. Os espíritos trabalhadores na linha de Iemanjá vão ouvi-lo e atendê-lo em seu pedido. Faça sua obrigação e colha os resultados.
Iemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se adaptarem as condições e meios mais adversos. Ela é a água que vivifica os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida).
A energia salina das Sete Águas Divinas de Mãe Iemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar como ponto de força e seus guardiões não querem ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu intimo. Essas pessoas vêem o mar como aquilo que tem de pior. Por isso, o mar é tão inexplorável em seus mistérios maiores revelando apenas parcialmente. É uma forma de defesa de seus princípios sagrados.
Os filhos de Iemanjá possuem beleza acentuada. Reflete limpeza e parecem sempre estar de roupa que acabou de ser passada. São caseiros e gostam de conforto. É agradável estar em sua companhia, conseguem o que quer sem estardalhaço, não usa força ou violência para intimidar os outros. A fé, a generosidade e a simpatia são armas que usam para alcançar seus propósitos. Gostam de objetos caros de pouca utilidade. É bom ouvinte e costuma dar conselhos equilibrados.
O ciúmes que o filho de Iemanjá tem de suas coisas é grande, mas não se manifesta agressivamente. Para cativar um filho de Iemanjá o primeiro passo é elogiá-lo, pois são inseguros de suas qualidades. Sua intuição acentuada aliada a dons mediúnicos pode ser fonte de desenvolvimento espiritual que conduzirá a iluminação. Muitas vezes sem perceber o que dizem, conseguem prever fatos.
Um dos seus defeitos é ter a teoria de “Fraternalismo”. Defendem um mundo onde todos dão as mãos e trabalham por um objetivo comum, ele próprio não pratica, pois são um tanto egoístas e preocupados demais em relacão a seus problemas pessoas. O desanimo e a rabugice deve ser combatida com suas qualidades mais vibrantes com amizade, a paz, a imparcialidade, a sociabilidade e diplomacia.
CONTEMPLEM O MAR E COMEÇARÃO A DESCOBRIR O ENCANTO E MAGIA DOS MISTÉRIOS DA NATUREZA.

ODOIÁ MINHA MÃE IEMANJÁ!


20 de abril de 2012

Ogum - Orixá Guerreiro



Orixá desbravador dos caminhos. Chefe dos guerreiros e portais de passagem, grande general.

Ogum é sério, justo, temperamental e detesta mentirosos. Quando tirado do sério tem ataques de fúria, fama que lhe rende fama de valentão.
Orixá vanguardeiro, seu metal é o ferro que Ogum transformou em aço para fabricar armas e objetos.

Senhor da guerra e dos trabalhos, pois possui toda ferramenta necessária para desempenhá-las. É considerado um orixá inventor detentor da tecnologia.

Cultuado as segundas-feiras junto com Exu e Omolu. Em estradas de terra em especial estradas de ferro. Ogum é o filho primogênito da família dos Odes, mora também nas florestas inexploradas.

Sua comida preferida é o milho amarelo cozido, inhame, dendê. Seu elemento é a terra.
Suas cores vermelho e branco e as vezes azul. Sua ferramenta a espada. Seu símbolo é o mariô a folha do dendezeiro e a espada.

Depois de Exu é o Orixá mais próximo dos homens. Detentor e dono das facas, por isso vem logo após Exu porque sem as facas não seriam possíveis os sacrifícios.

Protege também as portas de entradas dos templos e campos sagrados. Como grande guerreiro comanda a passagem entre os portões dos cemitérios. Deixando sempre um sentinela de sua confiança para guardar esse portal.

Os filhos de ogum são muito inteligentes, astutos com grande capacidade de criação, são emotivos, práticos, transparentes, valentões, impulsivos e custa a perdoar as ofensas dos outros. Pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Tem o humor mutável passando de furiosos ao mais tranqüilo dos comportamentos. Em geral são pessoas dóceis, divertidos e amigos verdadeiros.

Saravá Ogum – Patacori Ogum – Ogunhê Meu Pai

24 de fevereiro de 2012

Conto de um Eremita


Conta-se que um eremita, umas dessas pessoas que, por amor a Deus se refugiava na solidão das grutas para se dedicar somente a oração e a penitencia.
Muitas vezes reclamava que tinha muito que fazer.

Uma vez um homem indagado perguntou como era possível que, em sua solidão, tivesse tanto trabalho.

Prontamente respondeu.

Tenho que domar 2 Falcões, treinar 2 Águias, manter quietos 2 Coelhos, carregar 1 burro, vigiar 1 Serpente e domar 1 Leão.

O homem olhando a sua volta:


Não vemos nenhum desses animais perto do local onde vives. Onde estão estes animais?

O eremita então explicou:

 Estes animais todos nós temos, vocês também. Vejam só:

Os dois Falcões se lançam sobre tudo que aparece, seja bom ou mau. Tenho que domá-los para que só se fixem sobre uma boa presa. São meus Olhos.

As duas Águias ferem e destroçam com suas garras. Tenho que treiná-las para que sejam úteis e ajudem sem ferir. São minhas Mãos.

Os dois Coelhos querem ir aonde lhes agrada, fugindo dos demais e esquivando-se das dificuldades. Tenho que ensina-los a ficarem quietos, mesmo que seja penoso, problemático ou desagradável. São meus Pés.

O Burro é muito obstinado, não quer cumprir com suas obrigações. Alega estar cansado e se recusa a transportar a carga de cada dia. É o meu Corpo.

O mais difícil é vigiar a Serpente, apesar dela estar presa, numa jaula de 32 barras. Está sempre pronta para morder e envenenar os que a rodeia. Se não vigio de perto causa danos. É a minha língua.

Finalmente preciso domar o Leão. Quer ser o rei, vaidoso e orgulhoso, o mais importante. É o meu Coração.

Preparem para a festa maior que é a Páscoa, a Ressurreição da Vida em Nós!

16 de fevereiro de 2012

Quaresma























Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia.

Nela relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e Elias na montanha, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

A Umbanda não é uma vertente católica, mas alguns conceitos foram adotados e a vida do Nazareno é acompanhada pela bíblia toda sua trajetória.

A Quaresma pra quem realmente é cristão, que acredita em Jesus Cristo independente da religião deve respeitar a data como um momento de reflexão essencialmente, o período é um retiro espiritual onde nos recolhemos em oração e penitência.

Nós umbandistas sabemos que o Meigo Nazareno não quer que soframos por Ele, mas sim que coloquemos em prática suas lições de amor, fé, caridade e fraternidade, virtudes que pregou quando encarnado com alicerces seguros para a evolução da humanidade.

Fazer da Quaresma um tempo favorável de avaliação de nossas opções de vida e linha de trabalho, para corrigir os erros e aprofundar a vivencia da fé, abrindo-nos a Deus, aos outros e realizando ações concretas de fraternidade, de solidariedade que não podemos parar, pois o socorro é sempre urgente.

Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade.

A Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade e caridade é o próprio Cristo em ação.

12 de fevereiro de 2012

Pretos Velhos - Mestres Espirituais


Pretos–Velhos trabalham e atua para evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza a passagem de um nível ou estágio para o outro.
 
Evoluir é crescer mentalmente, é ascender numa linha de vida de forma contínua e estável.
Os Pretos–Velhos com semblantes serenos, humildes e seu linguajar com sotaque inconfundível esconde um espírito vivo em conhecimento, vivido e esperto que só um velho sábio tem por despertar.
Não é uma entidade ligada somente a cura, mas também do bem-estar, da busca de dias melhores, de melhores condições de vida.
Assim como o Orixá Obaluaê, Senhor do Campo Santo, Supremo, com qualidades Divinas do próprio Criador é evocado em questões relacionadas a passagem de espíritos recém desencarnados, despertando em cada um deles uma vontade irresistível de seguir adiante, de alcançar um nível de vida superior para assim chegar o mais perto de Deus.
Em sua maioria não podemos só dizer que todas as linhagens de Pretos-Velhos eram escravos sofridos pela Era Escravagista no Brasil. Médicos, professores, juízes, curandeiros, entre outros, que se identificam com a linhagem que precisam transmitir vossos conhecimentos com certa humildade nas palavras, com seu modo pacato, um tanto rústico, mas, todavia amorosos sempre a zelar por seus filhos.

Muitos deles já cumpriram sua missão, mas seu profundo amor indiscriminado pela humanidade, sua tolerância os ascendeu ao patamar de Mestres Espirituais e, mesmo assim continuam a praticar a caridade.
Vemos os Pretos-Velhos caminhando com certa dificuldade se auxiliando, as vezes de bengalas, parecendo cansados pela idade avançada, carregando grandes pesos nas costas, correntes, carmas do passado, são muitos os mitos irreais que cercam essa linha de trabalho.
Todo ser natural de Obaluaê incorpora curvado, o mesmo acontece com os Pretos-Velhos, que trabalham sob a sua irradiação, então o vemos caminhando lentamente, mas quando se assentam nos banquinhos de consulta, aí são vivazes, observadores e sábios sem deixar de serem simples.
Ligados diretamente ao poder de cura irradiados por Obaluaê, por serem profundos conhecedores das ervas, orações e todos os poderes ocultos e magísticos do universo.
Sua guia ou fio de conta é de cores brancas e pretas em sua maioria utilizam terços ou rosários.
Entre um pito no cachimbo, benzimento e palavras confortantes trazem a paz de espírito para os consulentes, pois ele é o próprio equilíbrio com um bem-estar e sabedoria incrível.
Quem nunca conversou com um Preto-Velho ou Preta-Velha que achou e acreditou que após se levantarem todos os problemas já tinham sido resolvidos e findados por completo.
Assim são Eles, os nossos Pretos-Velhos da Umbanda!

Salve todo Preto-Velho
Adorei as Almas.

9 de fevereiro de 2012

Lágrimas de uma Mãe

Aquela Mãe acordara triste aquele dia com o peito apertado, uma angústia sem motivo aparente.
Passou o dia todo pensativa, foi para o terreiro mais cedo que o normal.
Entrou, saudou sua tronqueira e caminhou para o interior do templo, parou na porta, olhou o piso, as paredes, o teto, cada detalhe que não são percebidos ao longo das giras.
Foi devagar até o Congá, parou e ficou a olhando cada imagem, cada detalhe, cada risco, quanto amor colocado ali para que tudo fosse realizado, para que assim um sonho fosse concretizado, quanta luz aquele altar já havia irradiado, quantas bênçãos.

Olhou a imagem de Ogum grande guerreiro, quantas lutas. Olhou os Pretos-Velhos, quanta sabedoria e humildade. Olhou Oxum e Cosme Damião que transmite tanto  amor, e assim foi percorrendo todas as imagens daquele seu altar até se deter na imagem de Oxalá, imponente, no mais alto posto do congá que tudo vigiava, mas seus olhos já não podiam ver claramente, pois as lágrimas enchera os olhos e corriam pelo seu rosto.
Ajoelhou-se perante aquele altar e chorou suas lágrimas, uma a uma foram caindo, molhando o chão sagrado daquele templo.

As lágrimas daquela Babalaô pareciam falar.
Falavam da incompreensão das pessoas, de quantos já haviam passado por aquele templo e nunca mais voltaram. Falavam dos rancores e das oportunidades perdidas.
Falavam dos seus filhos que vieram até suas mãos que os acolheu e acalentou até que eles estivessem prontos para trilharem novos caminhos.
Falavam daqueles que partiram para o plano espiritual e deixaram saudades.

Uma a uma as suas lágrimas foram caindo e cada uma delas lhe falava ao coração, até que a última lágrima rolou pelo seu rosto, esta era cristalina e parecia algo a dizer:
Eu sou o próprio Oxalá que vive em você, posso rolar pelo seu rosto e ir ao chão, mas jamais deixarei de estar em seu coração, continue a amparar meus filhos que o recompensarei com as asas da liberdade eterna.
Aquela Babalaô levantou-se lavou o rosto e realizou a melhor gira de Umbanda de sua vida até aquele dia.

Abençoou todos os seus filhos e compreendeu seu trabalho.

12 de janeiro de 2012

Ciganos - Incompreendidos do Oriente






















Não se sabe ao certo qual sua origem, por não haver escritos que comprovem sua existência inicial Traços de etnia e vestimentas levam a crer que partiram do Norte da Índia.
Conhecido por serem nômades e buscarem incessantemente uma pátria que os aceitem e compreenda seus costumes. Suas andanças e peregrinações têm dados em todo o mundo.

Na Umbanda encontraram, mesmo após sua vida carnal, o que tanto procuraram a séculos de existência um lugar para chamar de lar ou como dizemos Aruanda.

Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes dentro do plano positivo da luz, não trabalhando a serviço do mau. Como qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela negatividade e escuridão.

Os Ciganos são espíritos livres não se prendem a nenhum espaço físico comum e podem irradiar em outras religiões e sessões de cura. Utilizam os elementos naturais água, ar, fogo e terra e as diversificações de cores em todo seu aspecto.
Antes mesmo de existir a Cromoterapia já utilizavam as cores como fonte de poderes curativos.

Agem no plano da saúde, do amor, do conhecimento e no setor financeiro ajudando nos mesmos preceitos dos Pretos-Velhos, Erês, Baianos, Mestres ou qualquer entidade ligada por um passado não tão distante. Nas consultas são práticos e dificilmente se estendem em conversas que remetem a temas banais, pedidos fúteis ou se prolongam em assuntos que vão além de suas competências, nos quais por algum motivo superior não podem e não devem interferir.
Em sua maioria os espíritos ciganos não incorporam preferindo a irradiação de energia e pensamentos.

São místicos e utilizam os métodos de visualização premonitória como cartas, runas, cristais, leituras de mãos, entre outros.
Não tendo obrigação de pagamentos por serviços prestados dentro dos rituais da religião Umbanda, para aqueles que cobram os pagamentos são feitos para sustentação do próprio médiun não durante horários pré-determinados para sessões de ajuda e atendimento ao público.

Acredita-se que por serem um povo rico onde viviam com fartura e abundancia torna-se indispensável o pagamento por qualquer tipo de serviço prestado fazendo disso um pretexto para a cobrança, ao meu ver, desnecessário e pejorativo a Umbanda e seus ideais. Para sua própria evolução e desapego a coisas materiais os Ciganos tem que conviver com esse “carma preconceituoso” que os acompanha desde a primeira diáspora , parece ir contra a tudo que acredito e conheço dentro da Fé Espírita e seus ensinamentos.

Vamos acabar com esse conceito de cobranças materiais em nome daqueles que trabalham em prol da caridade dentro da luz e sabedoria do Grande Criador.

Salve o Povo Cigano.
Salve a Linha do Oriente.

6 de janeiro de 2012

Exu - Orixá da Comunicação

Exu orixá da comunicação e da inteligência. Não tem nada a ver com o diabo judaico cristão representado por um homem com pés de animais, chifres e rabo pontudo, pois ele é a própria alegria de viver considerado por muitos como pecado e a tentação.

Ele é guerreiro e profundamente erótico.
Conhecido por ser travesso, brincalhão e severo sendo capaz de ser bom e mau ao mesmo tempo dependendo de quem olha e do jeito que interpreta.

 Exu é o senhor dos caminhos qualidade que divide com seu irmão Ogum. Está em todos os locais e fala todas as línguas. É um orixá que se relaciona com todos os outros orixás e ancestrais. Transita além dos limites monótonos da maldade e da bondade, sendo um orixá profundamente identificado com o caráter humano. Guardião das casas, das vilas, das cidades e pessoas. Exu é a total intimidade com o devoto ou simpatizante, por isso chamado de compadre.

Na natureza é cultuado nos caminhos de terra especialmente nas encruzilhadas, porque significa que todos os caminhos tem vários lados. Não os caminhos vistos onde vivemos e sim do plano espiritual onde a energia de cada orixá se cruza.

Exu come tudo que a boca come, sua iguaria preferida é a farofa com dendê. Adora fumo e faz de tudo por um bom charuto regado a muita bebida em especial aguardente. Seu dia segunda-feira reverenciado no mesmo dia de Omolu e os ancestrais. Utiliza como cores o vermelho e o preto. Vermelho representa o sangue como principio e o fim da vida. Preto representa o seu campo de atuação a divisão do céu e o inferno, o obscuro e misterioso. Um dos orixás que mais responde nos jogos de búzios.

Seus filhos têm características marcantes divertidos e bem humorados, são inteligentíssimo e atentos a tudo, rápidos e oportunistas,   astutos, calculistas, cruéis, destemidos e generosos.

Mensageiro dos pedidos terrenos aos céus, sentinela e guardião das entradas, saídas e caminhos por onde tenhamos que passar. Exu é sempre o primeiro a ser reverenciado, agraciado e lembrado.

Zelam pela ordem e pelo cumprimento das Leis Divinas.
Exu é vida e liberdade, é viver das simples coisas o que há de mais glorioso na vida.

Laroiê Exu
Exu é Mojubá
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